01. Filosofia
O mundo me condena
E ninguém tem pena
Falando sempre mal do meu nome
Deixando de saber
Se eu vou morrer de sede
Ou se vou morrer de fome
Mas a filosofia
Hoje me auxilia
A viver indiferente assim
Nessa prontidão sem fim
Vou fingindo que sou rico
Pra ninguém zombar de mim
Não me incomodo
Que você me diga
Que a sociedade
É a minha inimiga
Pois cantando nesse mundo
Vivo escravo do meu samba
Muito embora, vagabundo[2x]
Quanto à você da aristrocacia
Que tem dinheiro
Mas não compra alegria
Há de viver eternamente
Sendo escrava dessa gente,
Que cultiva hipocrisia [2x]
Autoria: Noel Rosa
02. Novos Tempos
A chuva chega e ela vem lavar
Vem me livrar do mal
É água fresca para aliviar
Meu coração que secou
De tanto pranto derramado
Pela mágoa
Que se instalou no meu peito
De um jeito tão perverso
Hoje se desfaz nesses versos
Um arco-íris se formou no céu
É um sinal
Que a paz está de volta na minha alma
Sinto calma
São novos tempos enfim graças à chuva
Que levou o rancor
Me permitindo viver
Outro grande amor
Graças à chuva
Que levou o rancor
Me permitindo viver
Outro grande amor
Autoria: Claudio Jorge
03. Samba É Tudo
Autoria: Celso Fonseca e Ronaldo Bastos
04. Mulata No Sapateado
Quem tem mais balanço no sapateado
Tem mais molejo, tem mais requebrado, oi
Do que a mulata tem?
Quem é mais faceira, mais apaixonada
Faz mais miséria quando está gamada
Tem mais feitiço que a mulata tem?
Quem é que se mostra pro estrangeiro ver, por favor
Imperador, ou presidente ou qualquer todo crente que vem ?
Quem? É a mulata só porque ela samba bem
Se samba! Oi, se samba!
Sim, é a mulata seja lá de onde ela for
Pra mexer assim precisa ter aquela cor
Tanto faz num samba de partido-alto
Ou no puladinho na ponta do salto
Desenvolvendo seu sapateado
Que prazer quando
Ela gira o mostrador
Mulata, meu amor
Mexe que remexe, torna a mexer
Só pra eu ver
Autoria: Ary Barroso e Vinicius de Moraes
05. Tempo Feliz
Feliz o tempo que passou, passou
Tempo tão cheio de recordações
Tantas canções ele deixou, deixou
Trazendo paz a tantos corações
Que sons mais lindos tinha pelo ar
Que alegria de viver
Ah, meu amor, que tristeza me dá
Vendo o dia querendo amanhecer
E ninguém cantar
Mas, meu bem
Deixa estar, tempo vai
Tempo vem
E quando um dia esse tempo voltar
Eu nem quero pensar no que vai ser
Até o sol raiar
Autoria: Vinícius de Moraes e Baden Powell
06. De Amor E Paz
Autoria: Carlos Paraná e Adauto Santos
07. Viajando
Viajando
Em grandes alturas
Uma nuvem
Traz você a mim
Chegando
Em lugar distante
No primeiro instante
Fica logo assim
Assim, assim
Com saudades
Me lembrando
Vou sempre amando você
Me lembrando, me lembrando
Vou sempre amando você
Você, você
Lhe beijo
Onde amor eu faço
Lhe vejo
No primeiro olhar
Lhe abraço
Em qualquer abraço
Lhe sinto
Em tudo que há
Que há, que há
Eu vou
Me lembrando, me lembrando
Vou sempre amando você
Me lembrando, me lembrando
Vou sempre amando você
Você... você
Autoria: Martinho da Vila
08. Poema Do Adeus
09. Pé Do Meu Samba
Dez na maneira e no tom,
Você é o cheiro bom da madeira
do meu violão
Você é a Festa da Penha,
A Feira de São Cristovão,
É a Pedra e o Sal
Você é a Intrépida Trupe,
A Lona de Guadalupe,
Você é o Leme ao Pontal
Nunca me deixa na mão
Você é a canção que consigo
Escrever afinal
Você é o Buraco Quente,
A Casa da Mãe Joana,
Você é a Vila Isabel
Você é o Largo Do Estácio,
Curva de Copacabana
Tudo o que o Rio me deu!!
Pé do meu samba
Chão do meu terreiro
Mão do meu carinho,
Glória em teu Outeiro
Tudo para o coração
De um brasileiro
Autoria: Caetano Veloso
10. Meiga Presença
Quem?
ao meu lado esses passos caminhou?
Este beijo em meu rosto
Quem beijou?
A mão que afaga a minha mão
Este sorriso que não vejo
De onde vem?
Quem foi que me voltou?
Vem de outro tempo bem longe
que esqueci
a ternura que eu nunca mereci
Quem foste tu presença e pranto
eu nunca fui amada tanto
Estás aqui, momento antigo,
Estás comigo
se não te importa ser lembrado,
se não te importa ser amado
Amor amigo,
Fica ao meu lado sempre
Autoria: Paulo Valdez e Octavio de Moraes
11. Beco
E voltarei pra você depois que o dia amanhecer
Pra te beijar e te dar aquilo que eu já prometi
Agora em tempo pense em nós,
em coisas que ainda nem são
A mente obriga e o corpo faz pra distrair os sentimentos
E no momento da emoção a gente grita e o prédio cai
Pra construir desilusões e evitar o entra e sai
Sentimento que vem, ruidoso demais
É um beco apertado e sem comida
Sem você já não sou, amor, nem vida
Sem você já não há outra saída
Sem você já não sou, amor, nem vida
Sem você já não há outra saída
E voltarei pra você depois que o dia amanhecer
Pra te beijar e te dar aquilo que eu já prometi
Agora em tempo pense em nós, em coisas que ainda nem são
A mente obriga e o corpo faz pra distrair os sentimentos
E no momento da emoção a gente grita e o prédio cai
Pra construir desilusões e evitar o entra e sai
Sentimento que vem, ruidoso demais
É um beco apertado e sem comida
Sem você já não sou, amor, nem vida
Sem você já não há outra saída
Sem você já não sou, amor, nem vida
Sem você já não há outra saída
Autoria: Mart’nália e Mombaça
12. Molambo
Autoria: Jayme Florence e Augusto Mesquita
13. Chega
Não, não te quero mais
Agora eu que decido aonde eu vou
Não, não, não suporto mais
Prefiro andar sozinha como sou...
Andar de madrugada feito traça,
Feito barata, feito cupim...
Dizer pra mim que eu gosto mais de mim,
Que eu sou assim e não tem jeito
Vai sair da minha vida
Você vai ter que mudar
Da minha casa, de atitude, Chega!
Ainda mais agora que eu vou viajar
Pra me livrar de você
Não quero mais ser seu amigo, nem inimigo, Nada!
Andar de madrugada feito traça,
Feito barata, feito cupim...
Dizer pra mim que eu gosto mais de mim,
Que eu sou assim e não tem jeito
Pra entrar na minha vida
Você vai ter que mudar
Da minha casa, de atitude, Chega!
Ainda mais agora que eu vou viajar
Pra me livrar de você
Não quero mais ser seu amigo, nem inimigo, Nada!
Pra entrar na minha vida
Você vai ter que mudar
Da minha casa, dos meus amigos, Chega!
Ainda mais agora que eu vou viajei, e me livrei de você
Não quero mais ser seu amigo, nem inimigo, nada!!
Pra você é o fim da estrada
Com você fechei a tampa
Autoria: Mart’nália e Mombaça
14. Per Omnia Saecula Saeculorum Amen