01. Cabide
E se eu fingir e sair por aí na noitada,
me acabando de rir
E se eu disser que não digo, e não ligo, e que fico
e que só vou aprontar
É que eu sambo/mando direitinho assim bem miudinho,
cê não sabe acompanhar/sei que você vai gostar
Vou arrancar sua saia e pôr no meu cabide
só pra pendurar
Quero ver se você tem atitude
e se vai encarar
E se eu sumir dos lugares, dos bares, esquinas
e ninguém me encontrar
E se me virem sambando até de madrugada
e você for até lá
É que eu sambo direitinho assim bem miudinho,
cê não sabe acompanhar
Vou arrancar sua blusa e pôr no meu cabide
Só pra pendurar
Quero ver se você tem atitude
e se vai encarar
Chega de fazer fumaça, de contar vantagem
Quero ver chegar junto pra me juntar
Me fazer sentir mais viva
Me apertar o corpo e alma me fazendo suar
Quero beijos sem tréguas
Quero sete mil léguas sem descansar
Quero ver se você tem atitude
e se vai me encarar.
Autoria: Ana Carolina
Editora: Armazém (Sony)
02. Alívio
Aturei
andar de bar em bar
na contramão
Pra seguir a sua direção
vou a praia e todos são iguais
queimados ou não
sempre a procurar sem direção
Aturdido sem sentido
não sei onde vou
Toda hora é como agora
é viver só pra te esperar…
Eu queria tanto descansar
o meu coração
Uma nova má notícia não
Seja lindo amor benvindo
e cresça o quanto for
apareça e faça o seu show
pra eu respirar e ter alívio
Nessa condição
vou poder me situar no seu convívio
Tão colorido
Quiça do lado azul
preto, branco, qualquer cor
mas sempre vivo
Autoria: Arthur Maia / Djavan
Editora: Sony Music / Ed. Luanda
03. Pára Comigo
Já é tarde
Eu não vou mais dormir
Eu vou sair sem direção
Talvez na solidão
Eu possa ser mais feliz
Madrugada
Que aos pouquinhos vem chegando
Sorrindo, cantando
E esperando por nós dois
Pra curtir
A madrugada, madrugada…
Não posso mais finjir/fugir
Nunca deixei de amar
A lua me disse assim
E eu só vim confirmar
Não posso mais fugir/finjir
Nunca deixei de amar
A lua me disse assim
Vem comigo e pára
Pára comigo, pára
Pára comigo, pára
Pára, comigo…
A madrugada
Autoria: Mart'nália / Paulinho Black
Editora: Gegê Edições Musicais (Brasil e América do Sul) Preta Music (Resto do Mundo / Direto
04. Ex-Amor / Disritmia
Ex-amor
Gostaria que tu soubesses
O quanto que eu sofri
Ao ter que me afastar de ti
Não chorei
Como um louco até sorri
Mas no fundo só eu sei
As angústias que senti
Sempre sonhamos com o mais eterno amor
Infelizmente, eu lamento, mas não deu
Nos desgastamos, transformando tudo em dor
Mas mesmo assim, eu acredito que valeu
Quando a saudade bate forte é envolvente
Eu me possuo e é na sua intenção
Com a minha cuca naqueles momentos quentes
Em que se acelerava o meu coração
/
Eu quero me esconder debaixo
Dessa sua saia prá fugir do mundo
Pretendo também me embrenhar
No emaranhado desses seus cabelos
Preciso transfundir seu sangue
Pro meu coração que é tão vagabundo...
Me deixe te trazer um dengo
Prá num cafuné fazer os meus apelos,
Me deixe te trazer um dengo
Prá num cafuné fazer os meus apelos,
Eu quero ser exorcizado
Pela água benta desse olhar infindo
Que bom é ser fotografado
Mas pelas retinas desses olhos lindos
Me deixe hipnotizado
Prá acabar de vez com essa disritmia!
Vem logo, vem curar seu nego
Que chegou de porre, lá da boemia.
Vem logo, vem curar seu nego
Que chegou de porre, lá da boemia.
Eu quero ser exorcizado
Pela água benta desse olhar infindo
Que bom é ser fotografado
Mas pelas retinas desses olhos lindos
Me deixe hipnotizado
Prá acabar de vez com essa disritmia!
Vem logo, vem curar seu nego
Autoria: Martinho da Vila
Editora: Universal Music Pub.MGB Brasil
05. Angola
Êh Angola, muxima êh
Êh Luanda, Mussulo
De onde vem meu povo
terra do homem novo
minha nação Banto Zumbi
Cheiro de jinsaba, nos sons do meu perfume
com semba,samba,soul charme
Só vivo de madrugada
Sou filho da batucada, okê!
e isso é questão de prazer
Minha festa é a Kizomba
“A volta da fogueira”
Lúmbua, mukolo, kalulu,
Fundji e mbiji
Sou filha da Angola
Sou neta da Bahia
Sou cria da poesia que vem das ondas do mar
O meu canto é de Oxòssi
Porisso é que eu sou forte
Mutalambô, oxú-pá de Massangá, Lembá-Dilê
Obá deNgana Zambi ê
Kianda ossá, crioula
que vem de Ngana Zambi ê
Êh Benguela, MuKumbê
Êh Lubango, Katendê
Êh Cabinda, lelé bamiô
Êh Bengo, ereum malé
Êh Bié, oxê
Êh Cuango Cubango, Lembá Dilê
Êh Cuanza Norte, afoxê Loni
Êh Cuanza Sul, gexá morô
Êh Cunene, tatá ê mê
Êh Huambu, oquê
Êh Huíla, aganju
Lunda Norte, é alocu mabó
Lunda Sul,
Olorum idá quilofé
Luanda
Autoria: Arthur Maia / Mart'nália / Maré / Paulo Flores
Editora: SPA (ADDAF)/ Gegê Edições Musicais (Brasil e América do Sul)/ Preta Music (Resto do Mundo)
06. Essa Mania (Res't La Mayola)
Hoje o meu coração mudou
Já não sei por quem vim, quem sou
Mas sinto e sou capaz
E o resto tanto faz
Foi só eu descansar
Junto ao pé de uma arvore que me acolheu
E depois me ocorreu
Vi que a vida que vivia em mim
Agora vive aqui nesse lugar
Em volta das sombras
Essa ilha é a reunião das infinitas direções
Que o vento traz com as ondas
E é quando me vejo a garimpar
As pedras, a montanha, o seu olhar
Rest la maloya, Rest la maloya,
Rest la maloya, Rest la maloya,/ Rest là-même
Essa menina, essa menina, essa menina Essa menina vem me dizer
Apesar de saber
Que nem tudo que eu quis eu pude conhecer
Nem deu pra mais prazer
Se cheguei até aqui
Bem no topo do vulcão, não posso mais descer
Mas tem como escorrer
Porque a natureza do amor
Está contida na beleza e na surpresa das manhãs
Dias que parecem tão iguais
Mas de repente vem sinais de uma nova magia
Depois desse encontro singular
O mato, o rum, o vinho, o mel e o mar
Essa menina, essa menina, essa menina
Essa menina vem me dizer
Rest la maloya, Rest la maloya,
Rest la maloya, Rest la maloya,
Autoria: Alain Peters
Versão: Mart'nália
Editora: SACEM (ADDAF)
07. Muxima / Muadiakime
Muxima ue ue, muxima ue ue, muxima
Muxima ue ue, muxima ue ue, muxima
Se uamgambé uamga uami
Gaungui beke muá santana
Kuato dilagi mugibê
Kuato dilagi mugibê
Kuato dilagi mugibê
Lagi ni lagi kazókaua
Kuato dilagi mugibê
Kuato dilagi mugibê
Kuato dilagi mugibê
Lagi ni lagi kazókaua
/
Ngandalami ngandalami
Ku ngitombami
Ondofua-eu topia uá vulu kia
Ngala ni minami
Muene uala ni moné
Ngandalami topia
Mukonda ngalami
Ni mivu je
Eme nga kuka kia
Nga toba kana
Ki ngi kuata ngo
Ngondo benka mu manhero
O drama dos velhos
Para com a juventude
Atrevida e irriquieta
Nas peripécias
Condenam o ultrapassado
Cada velho a seu tempo
Autoria: Carlos Aniceto Vieira Dias // Bonga Landa
Editora: SPA (ADDAF) // Universal Music Pub.MGB Brasil
08. Tava Por Aí
Tava por aí
Olhando, sentindo,
te amando e andando
Gozando sempre
Tava mesmo por aí
Dançando, bebendo,
correndo, saindo e ficando
Tomando chuva
Mas tudo bem, cê tava por aí também
Mas, tudo bem, eu tava por aí também
E foi assim que eu te encontrei
Bonita, peituda, cheirosa,
pedante, teimosa
Fazendo finta
De vez em quando você vem
Chegando, bulindo, aplaudindo,
somando e assumindo
Pintando a sete
Mas tudo bem, cê tava por aí também…
Você me fez acreditar
no calor de um amor do passado
que invadiu, já pintou e bordou noutras vidas
Foi refogando a minha alma com ervas daninhas
Molambo,bendita, princesa bonita, formosa que me conquistou
Mas quando o tempo fecha a ponte
Autoria: Mombaça e Mart'nália
Editora: Gegê Edições (Brasil e América do Sul) e Preta Music (Resto do Mundo)
09. Deu Ruim
Jura, ôh jura
Você não me quer mais
Deu ruim, deu bem ruim
Mas sempre corro atrás
Pura ternura sem pressa é que se faz
Minha loucura
É te querer demais
A cabeça quer teu colo
A boca tem seu paladar
O corpo ta vivendo no limite
A espera de um convite que faça a fila andar
Jura, ôh jura
Você não me quer mais
Deu ruim, deu bem ruim
Mas sempre corro atrás
Pura ternura sem pressa é que se faz
Minha loucura É te querer demais
Só queria mais um momento
Um dengo um num sei que lá
Que pena que vc nasceu sem tempo
Com hora marcada, sem poder chegar
Cadê você ouvi dizer que estava indo embora
Não vá pra lá, volta pra cá
Me fala aê a quanto tempo a gente se namora!?
Quero te ver essa poeira demorou, passou
Deixa pra lá, que vai rolar
Amar você é um prazer que eu não esqueço nunca
Então tá…Vou pro samba, vou sambar
Vou cantar meu samba
Jura, ôh jura
Você não me quer mais
Deu ruim, deu bem ruim
Mas sempre corro atrás
Jura, ôh jura
Queria não quer mais?
Pura fissura que nem nos satisfaz
Queria mais que um momento
Um dengo um num sei que lá
Que pena que vc nasceu sem tempo
Sem hora marcada e pra poder chegar
Cadê você ouvi dizer que estava indo embora
Não vá pra lá, volta pra cá
Me fala aê, a quanto tempo a gente se namora!?
Quero te ver essa poeira demorou, passou
Deixa pra lá, que vai rolar
Amar você é um prazer que eu não esqueço é nunca
Jura, ôh jura
Você não me quer mais
Deu ruim, deu bem ruim
Mas sempre corro atrás
Pura ternura sem pressa é que se faz
Minha loucura
É te querer demais
Autoria: Arthur Maia, Ronaldo Barcellos e Mart'nália
Editora: Gegê Edições (Brasil e América do Sul) e Preta Music (Resto do Mundo)/ Papacusapa (Sony Music)
10. Ela É Minha Cara (Faixa Bônus)
Causa reboliço aonde passa
desce mais redondo que a cachaça
Ela é a fulana de tal
o seu palácio vai do Leme ao Pontal
É a minha mais entre as dez mais
Ela é gente bem
Por isso mesmo não dá mole a ninguém
Mas um dia eu faço ela sambar
Ela é o colírio da moçada
Quando chega pára a batucada
Ela é o jazz
E há quem diga que parece um rapaz
Mas quem fala é louco pra encarar
Ela é minha cara
e nem me olha quando a gente se esbarra
Mas um dia eu faço ela sambar
Tira onda de grãfina
Mas para mim é só a mina
que enfeitiçou meu coração
Vai que um dia pinta um clima
Ela vem parar na minha
e eu vou comer na sua mão
Autoria: Celso Fonseca e Ronaldo Bastos
Editora: Polaróides (Gegê Edições Musicais) / 3 Pontas (Dubas)
11. Conto De Areia
É água no mar, é maré cheia ô
mareia ô, mareia
É água no mar...
Contam que toda tristeza
Que tem na Bahia
Nasceu de uns olhos morenos
molhados de mar.
Não sei se é conto de areia
ou se é fantasia
Que a luz da candeia alumia
Pra gente contar.
Um dia morena enfeitada
de rosas e rendas
Abriu seu sorriso de moça
E pediu pra dançar.
A noite emprestou as estrelas
Bordadas de prata
E as águas de Amaralina
eram gotas de luar.
Era um peito só
cheio de promessa era só
Era um peito só cheio de promessa
Quem foi que mandou
o seu amor
Se fazer de canoeiro
O vento que rola das palmas
Arrasta o veleiro
E leva pro meio das águas
de Iemanjá
E o mestre valente vagueia
Olhando pra areia sem poder chegar
Adeus, amor
Adeus, meu amor
Não me espera
Porque eu já vou me embora
Pro reino que esconde os tesouros
de minha senhora
Desfia colares de conchas
pra vida passar
E deixa de olhar pros veleiros
Adeus meu amor eu não vou mais voltar
Foi beira mar, foi beira mar que chamou
Foi beira mar ê, foi beira mar.
Autoria: Toninho Nascimento / Romildo
Editora: Tapajós (EMI)
12. Batendo À Porta
Como é que vai, saúde boa;
Não foi a toa que você
mudou daqui para melhorar
Mas pode entrar a casa é sua,
Só não repare a casa humilde
que você trocou por um solar
Pode sentar, fica a vontade,
te deu saudade de um amor
que infelizmente já não há!
Pode falar, pode sofrer, pode chorar,
porque agora você não me ganha.
eu conheço esta manha,
e não vou me curvar mais
Pode tentar, pode me olhar, pode odiar
e pode até sair batendo a porta,
que Inês ja é morta do lado de cá
Autoria: João Nogueira / Paulo César Pinheiro
Editora: Tapajós (EMI) (ADDAF)
13. Mulheres
Já tive mulheres de todas as cores
De várias idades de muitos amores
Com umas até certo tempo fiquei
Pra outras apenas um pouco me dei
Já tive mulheres do tipo atrevida
Do tipo acanhada do tipo vivida
Casada carente, solteira feliz
Já tive donzela e até meretriz
Mulheres cabeças e desequilibradas
Mulheres confusas de guerra e de paz
Mas nenhuma delas me fez tão feliz como você me faz
Procurei em todas as mulheres a felicidade
Mas eu não encontrei e fiquei na saudade
Foi começando bem mas tudo teve um fim
Você é o sol da minha vida a minha vontade
Você não é mentira você é verdade
É tudo que um dia eu sonhei pra mim.
Já tive mulheres de todas as cores
De várias idades de muitos amores
Com umas até certo tempo fiquei
Pra outras apenas um pouco me dei
Já tive mulheres do tipo atrevida
Do tipo acanhada do tipo vivida
Casada carente, solteira feliz
Já tive donzela e até meretriz
Mulheres cabeças e desequilibradas
Mulheres confusas de guerra e de paz
Mas nenhuma delas me fez tão feliz como você me faz
Procurei em todas as mulheres a felicidade
Mas eu não encontrei e fiquei na saudade
Foi começando bem mas tudo teve um fim
Você é o sol da minha vida a minha vontade
Você não é mentira você é verdade
É tudo que um dia eu sonhei pra mim.
Autoria: Toninho Gerais
Editora: Universal Music Pub.MGB Brasil
14. A Tonga Da Mironga Do Kabuletê
Eu caio de bossa
Eu sou quem eu sou
Eu saio da fossa
Xingando em nagô
Você que ouve e não fala
Você que olha e não vê
Eu vou lhe dar uma pala
Você vai ter que aprender
A tonga da mironga do kabuletê
A tonga da mironga do kabuletê
A tonga da mironga do kabuletê
Eu caio de bossa
Eu sou quem eu sou
Eu saio da fossa
Xingando em nagô
Você que lê e não sabe
Você que reza e não crê
Você que entra e não cabe
Você vai ter que viver
Na tonga da mironga do kabuletê
Na tonga da mironga do kabuletê
Na tonga da mironga do kabuletê
Você que fuma e não traga
E que não paga pra ver
Vou lhe rogar uma praga
Eu vou é mandar você
Pra tonga da mironga do kabuletê
Pra tonga da mironga do kabuletê
Pra tonga da mironga do kabuletê
Autoria: Toquinho / Vinícius de Moraes
Editora: Universal MGB
15. Fé
A gente tem que levar fé
Acreditar não sucumbir
Na vida sabe como é
cuidado pra não se iludir
e lá na umbanda ou candomblé
aos santos proteção pedir
Conselhos para um bom pajé
e força pra não desistir
Depois de um banho, muito axé
Pra gente poder resistir
Não dar uma de São Tomé
e crer antes de se cumprir
E assim na prece e na reza
e na oração
O bem vem da alma e do coração
Não há quem diga
não vai melhorar..
Malandro pra que nenhum mal te aconteça
Só correndo atrás e fazendo a cabeça
Que o cara com fé vai se fortificar
Crença na força divina
em Zambi e Alá
No supremo maior
Odé, Olorum ou meu pai Oxalá
Levo mais fé no meu taco
Não passo sufoco
Não sou qualquer Zé
Acredite seu moço
Assino e dou fé
Autoria: Jorge Agrião / Evandro Lima
Editora: Universal Publishing / Direto
16. Don't Worry, Be Happy
Here’s a little song, I wrote
You might want to sing it note for note
Don’t worry, be happy
In every life we have some trouble
But when you worry you make it double
Don’t worry, be happy
Ain’t got no place to lay your head
Somebody came and took your bed
Don’t worry, be happy
The land-lord say your rent is late
He may have to litigate
Don’t worry, be happy
Don’t worry prá não se estressar
Be happy, pra se alegrar
Relax e tudo fica diferente
Estresse faz adoecer
Amor rejuvenecer
Sorria mais e leve a vida simplesmente
Ain’t got no cash, Ain’t got no style
Ain’t got no gal to make you smile
Liga não, be happy
Cause when you worry your face will frown
And that will bring everybody down
Don’t worry, deixa para lá
Autoria: Bob McFerrin
Versão: Mart'nália
Editora: Univarsal MGB
17. Brasil Pandeiro
Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor
Eu fui na Penha, fui pedir ao Padroeiro para me ajudar
Salve o Morro do Vintém, Pendura a saia eu quero ver
Eu quero ver o tio Sam tocar pandeiro para o mundo sambar
O Tio Sam está querendo conhecer a nossa batucada
Anda dizendo que o molho da baiana melhorou seu prato
Vai entrar no cuzcuz, acarajé e abará.
Na Casa Branca já dançou a batucada de ioiô, iaiá
Brasil, esquentai vossos pandeiros
Iluminai os terreiros que nós queremos sambar
Há quem sambe diferente noutras terras, noutra gente
Num batuque de matar
Batucada, Batucada, reunir nossos valores
Pastorinhas e cantores
Expressão que não tem par, ó meu Brasil
Brasil, esquentai vossos pandeiros
Iluminai os terreiros que nós queremos sambar
Ô, ô, sambar, iêiê, sambar...
Queremos sambar, ioiô, queremos sambar, iaiá
Autoria: Assis Valente
Editora: Irmãos Vitale
18. Kizomba, A Festa Da Raça
Valeu, Zumbi
O grito forte dos Palmares
Que correu terra, céus e mares
Influenciando a abolição
Zumbi, valeu
Hoje a Vila é Kizomba
É batuque, canto e dança
Jongo e Maracatu
Vem, menininha
Pra dançar o Caxambu
Ô,ô, Ô,ô
Nega mina
Anastácia não se deixou escravizar
Ô,ô
Ô,ô,ô,ô
Clementina, o pagode é o partido popular
Sacerdote ergue a taça
Convocando toda a massa
Neste evento que congraça
Gente de todas as raças
Numa mesma emoção
Esta Kizomba é nossa constituição
Esta Kizomba é nossa constituição
Que magia
Reza, AG1 e Orixá
Tem a força da cultura
Tem a arte e a bravura
E o bom jogo de cintura
Faz valer seus ideais
E a beleza pura dos seus rituais
Vem a Lua de Luanda
Para iluminar a rua
Nossa sede e nossa sede
De que o aparthaid se destrua
Autoria: Rodolpho de Souza / Luis Carlos da Vila / Jonas
Editora: Editora Musical Escola de Samba
19. Batucada Final / Só Sei Que Sou Vila Isabel
Autoria: Mart'nália
Editora: Gegê Edições
20. Palco (Faixa Bônus)
Subo nesse palco, minha alma cheira a talco
Como bumbum de bebê, de bebê
Minha aura clara, só quem é clarividente pode ver
Pode ver
Trago a minha banda, só quem sabe onde é Luanda
Saberá lhe dar valor, dar valor
Vale quanto pesa prá quem preza o louco bumbum do tambor
Do tambor
Fogo eterno prá afugentar
O inferno prá outro lugar
Fogo eterno prá consumir
O inferno, fora daqui
Venho para a festa, sei que muitos têm na testa
O deus-sol como um sinal, um sinal
Eu como devoto trago um cesto de alegrias de quintal
De quintal
Há também um cântaro, quem manda é Deus a música
Pedindo prá deixar, prá deixar
Derramar o bálsamo, fazer o canto, cantar o cantar
Lá, lá, iá
Autoria: Gilberto Gil
Editora: Gegê Edições
21. Tchápu Na Bandera (Faixa Bônus)
22. Na Forma Da Lua (Faixa Bônus)
O meu pandeiro
É feito na forma da lua
É feito batuque de rua
É feito sorriso no lar
O meu pandeiro
Anima as rodas de bamba
Da aula pra escola de samba
E faz todo povo cantar
Chuá, chuá, chuá
Pandeiro
Chuá, chuá, chuá
Eu sambei na folha seca
E fiz fazer chuá, chuá
Autoria: Carlinhos Brown, Mart’nália e Marcelinho Moreira
Editora: Candyall Music / Gegê Edições / Sony ATV
23. Festa De Umbanda (Faixa Bônus)
O sino da Igrejinha
Faz belém blem blam
Deu meia-noite
O galo já cantou
Seu tranca rua
Que é dono da gira
Oi corre gira
Que ogum mandou
Tem pena dele
Benedito tenha dó
Ele é filho de Zambi
Ô São Benedito tenha dó
Tem pena dele Nanã
Tenha dó
Ele é filho de Zambi
Ô Zambi tenha dó
Foi numa tarde serena
Lá nas matas da Jurema
Que eu vi o caboclo bradar
Quiô
Quiô, quiô, quiô, quiera
Sua mata está em festa
Saravá seu seu sete flecha
Que ele é rei da floresta
Quiô
Quiô, quiô, quiô, quiera
Sua mata está em festa
Saravá seu mata virgem
Que ele é rei da floresta
Quiô
Quiô, quiô, quiô, quiera
Sua mata está em festa
Saravá seu cachoeira
Que ele é rei da floresta
Vestimenta de caboclo
É samambaia
É samambaia, é samambaia
Saia caboclo
Não me atrapalha
Saia do meio
Da samambaia
Autoria: Martinho da Vila
Editora: Universal Music
24. Samba Dos Ancestrais (Faixa Bônus)
Se teu corpo se arrepiar
Se sentires também o sangue ferver
Se a cabeça viajar
E mesmo assim estiveres num grande astral
Se ao pisar o solo teu coração disparar
Se entrares em transe em ser da religião
Se comeres fungi, quisaca e mufete de cara-pau
Se Luanda te encher de emoção
Se o povo te impressionar demais
É porque são de lá os teus ancestrais
Pode crer no axé dos teus ancestrais
Autoria: Martinho da Vila e Rosinha de Valença
Editora: Warner Chappell
25. À Volta Da Fogueira (Faixa Bônus)
Os meninos à volta da fogueira
Vão aprender coisas de sonho e de verdade
Vão perceber como se ganha uma bandeira
E vão saber o que custou a liberdade
Palavras são palavras não são trovas
Palavras deste tempo sempre novo
Lá os meninos aprenderam coisas novas
E até já dizem que as estrelas são do povo
Aqui os homens permanecem lá no alto
Com suas contas engraçadas de somar
Não se aproximam das favelas nem dos campos
E tem medo de tudo que é popular
Mas os meninos deste continente novo
Hão de saber fazer história e ensinar
Autoria: Manoel Rui e Martinho da Vila
Editora: Universal Music
26. Odilê Odilá (Faixa Bônus)
Odilê, odilá
O que vem fazer aqui meu irmão
Vim sambar
Ô di lê, ô di lá
Que vem fazer aqui meu irmão
Vim sambar, obá
Entra na corrente
Corpo, mente
Coração, pulmão
Pra junto com a gente viajar
Na energia-som
Que veio de longe atravessou raio e trovão
Pra cair no samba e receber a vibração
Odilê, odilá...
Com a negrada do Harlem Jesus Cristo
Também vem
E pra sair do transe só com sino de Belém
Que faz romaria e procissão, samba também
E quem ta comigo, ta com o povo do além
Odilê, odilá...
Quem samba, se sobe tem combá tem gurufim
Teve um olho d´água
E um sorrido de marfim
Se volta beijada é pigmeu ou curumim
Vira um preto velho pra sambar com a gente assim
Odilê, odilá...
Preta velha bate pé, bate colher levanta pó
Dá marafo pro Odilê e solta logo seu gogó
Odilá de madrugada nem sem viola tá só
Pois ta com axé da velha nega preta sua vó
Odilê, odilá...
Autoria: Martinho da Vila e João Bosco
Editora: Warner Chappell / Universal Music